Decorre de 1 a 3 de dezembro, na cidade da Praia, uma ação de capacitação aos agentes fitossanitários nacionais, técnicos e extensionistas sobre as melhores práticas para a antecipação e controlo da invasão de gafanhotos do deserto na África Ocidental e na sub-região do Sahel. A formação visa fornecer assistência técnica, construir e reforçar a capacidade de vigilância e controlo de gafanhotos dos países (Camarões, Gâmbia, Nigéria e Cabo Verde) na área da preparação e acções de antecipação para evitar a invasão de gafanhotos do deserto.

No final dos 3 dias é esperado técnicos e extensionistas formados nas melhores práticas para antecipar e controlar a invasão de gafanhotos do deserto bem como, a criação de um grupo de reflexão para o desenvolvimento de um plano nacional de contingência e resposta.

De acordo com os dados do Serviço de Informação sobre Gafanhotos do Deserto da FAO (DLIS) existe o risco de invasão de gafanhotos da África Ocidental a partir do Corno de África e o impacto de uma invasão de gafanhotos teria levado à insegurança alimentar de quase 13,4 milhões nos países como Tchade, Níger, Mali e Mauritânia (países da linha da frente), bem como Burkina Faso, Senegal, Gâmbia, Camarões e Nigéria, identificados como países de invasão.

Tendo em conta este cenário sessões de formação, operações de levantamento terrestre e aéreo, seguidas de medidas de controlo adequadas e oportunas, são consideradas essenciais e prioritárias, tal como uma boa coordenação regional e nacional.

A cerimónia de abertura da formação foi copresidida pelo Secretário do Estado para a Economia Agrária, Miguel Ângelo da Moura e da Representante da FAO em Cabo Verde, Ana Touza.