Cabo Verde sendo parte da Convenção de Viena e do Protocolo de Montreal aderiu e ratificou a Emenda de Kigali (através do decreto-lei nº 11/2019 de 23 de dezembro) e está a implementar ações que contribuem para a eliminação dos gases Hidroclorofluorcarbono (R22) –- e Hidrofluorcarbono (R134a).

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Segundo Adilson Fragoso, coordenador nacional do Programa de Ozono, os trabalhos decorrem a bom ritmo e com resultados plausíveis.

“Neste momento estamos na fase de atribuição de licença de importação desses gases, de acordo com a cota de importação estipulada. A reabilitação do Centro de frio da Escola Secundária Cesaltina Ramos é outro trabalho que está a ser levado a cabo.  Por ser a única escola com opção para a via técnica está a servir de espaço de formação aos futuros técnicos de frio, no curso de refrigeração”, aponta Fragoso.

O plano de eliminação final dos gases encontra-se na segunda fase, incluindo agora o gás Hidrofluorcarbono (R134a) que mesmo sem agredir a camada de ozono possui alto poder de aquecimento global. Assim sendo, é climaticamente muito ativo e extremamente persistente no ambiente, constituindo um potente gás no efeito estufa.

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Este gás usado nos aparelhos de ar-condicionado, ar-condicionado de automóveis, coolers, bebedouros, entre outros, possui 1430 gwp (Global Warming Potencial) sendo mais ativo do que o dióxido de carbono - CO2.

A Emenda de Kigali está a ser implementada nos países em desenvolvimento e a previsão de eliminação desse gás é até 2024.